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Sunday, July 19, 2009

1. PROPOSTAS PEDAGÓGICAS

A pratica educativa, deve estar voltada para as necessidades dos educandos surdos.
Esta proposta de trabalho considera como primeira ação o estabelecimento de linhas de atuação onde os conteúdos a serem desenvolvidos, precisam estar vinculados ás prioridades fundamentais para o desenvolvimento do educando.
No pensar em educação de surdos é levar em conta, entre tantos outros aspectos que representam as experiências visuais das pessoas surdas, a sua língua de sinais. Inegavelmente, a linguagem é essencial ao ser humano para o estabelecimento das relações, para a expressão do pensamento e a constituição da subjetividade.
Além de objetivos específicos relacionados ao educando surdos, os princípios éticos, políticos e estéticos previstos para a sua educação, devem ter privilégios nesta sala de aula.
Neste sentido, o processo de alfabetização pressupõe o convívio com a língua de sinais e escrita, atividades reais e significativas, pelas quais os educandos interagem com diferentes conhecimentos mediados pelo professor. Sua intencionalidade é a linguagem escrita em suas diferentes manifestações. Hoje se observa que a escrita se evidência e se propaga cada vez mais, mas que, contraditoriamente, uma grande parcela da produção não seu funcionamento porque a escola, como lugar de ensino, acaba sendo extremamente seletiva.
Assim, a escola deverá intensificar no interior da sala de aula a interação com as produções gráficas utilizadas no meio cultural, com produções específicas no contexto social em que foram historicamente produzidas. Para aprender a ler e a escrever, é necessário que o educando surdo perceba que o espaço escolar está organizado com a intencionalidade de propiciar formas de leitura e escrita e que as pessoas assumam o papel de quem tem o que dizer, para quem dizer, o porquê dizer e tenham, também condições de perceber que a linguagem gestual como a linguagem escrita constituem meios que propiciam este dizer.


1.2 Pressupostos Metodológicos

A sala de aula será uma sala organizada dentro da nova proposta para a educação de Surdos no Estado de Santa Catarina, onde o currículo será reestruturado para atender às especificidades da comunidade surda que nela estará inserida, incluindo no plano de trabalho disciplinas que promovam o desenvolvimento do educando surdo e a construção de sua identidade, bem como assegurar ao educando surdo o direito de receber os mesmos conteúdos que os ouvintes, mas através de comunicação visual. Formas conhecidas, em comunicação visual importante para o ensino do surdo é o uso de diferentes ferramentas como: língua de sinais, língua portuguesa e outra língua no que tange à escrita leitura e gramática, incluir diferentes imagens de diversos lugares e/ou ambientes dentre outros recursos Audiovisual (tecnologia) que se fizerem necessários para o processo ensino – aprendizagem do educando surdo.
Nesta perspectiva o processo ensino – aprendizagem só produzirá resultados consistentes quando propicia a troca de conhecimentos através da LIBRAS. Por isso, os professores, devem estar constantemente recorrendo à criatividade propondo atividades lúdicas e prazerosas, bem como significativas, a estes educandos surdos. Ao ser envolvido ludicamente, o educando consegue perceber mais facilmente tanto a importância da escrita como instrumento de comunicação quando suas regras, pois é estimulada a analisar, a criar hipóteses e a fazer suas próprias descobertas. Além de que quando trabalha em grupo, o educando surdo tem oportunidade de conhecer outras opiniões e de trocar informações, o que contribui decisivamente para a sua socialização.
Portanto nesta sala de sala onde a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, será o veiculo de comunicação, ou seja, o idioma utilizado constantemente para a comunicação bem como todo o aprendizado dos conhecimentos científicos. Os professores serão os estimuladores de cada atividade, que instiga os educandos surdos e facilita suas próprias descobertas: é mediador que coordena as discussões das idéias que vão sendo construídas.
A educação deverá ser compreendida dentro de um contexto histórico-social concreto, e a prática social é sempre o ponto de partida e o ponto de chegada da ação pedagógica. Os professores poderão utilizar alternativas metodológicas e pedagógicas que possibilitem reflexões sobre situações vividas no dia-a-dia em sala de aula orientadas pela comunidade surda e por equipe especializada em educação de surdos.

1.3 Estratégias Pedagógicas:

As estratégias pedagógicas utilizadas na sala de aula partiram da necessidade concreta do educando surdo, ou ainda tem uma profunda vinculação com sua vida funcional ou acadêmica. É necessário que os educandos surdos percebam o motivo da atividade, para poder interessar–se pela atividade proposta no momento e querer realizá-la. Toda e qualquer atividade no processo ensino-aprendizagem é sempre uma ação com intenção, um motivo, um objetivo, uma finalidade para se buscar o conhecimento. Estas situações de aprendizagem o educando deve ser incentivado, mostrado e estimulado o uso da língua de sinais pelo surdo, estimular a vivenciar com alegria esses conteúdos. O educando que aprende com prazer é assimilado com mais facilidade e de forma efetiva, por isso que as estratégias deverão ser criativas e com aprovação e interesse dos educandos, indo ao encontro de seu direito de ser e de usar a comunicação visual para estruturar uma língua de sinais coerente. O papel do professor é oferecer aos educandos surdos o conhecimento de tecnologia de apoio, ou seja: os aparelhos especiais para o uso do surdo, por exemplo, aparelhos TDD, TV com decodificador de legenda e equipamentos luminosos para construções e trânsito, bem como todos os aparelhos pedagógicos da escola tais como: TV, vídeos, computadores e equipamentos anexos, retro projetores, e outros. Contra-indicar uso de livros e materiais didáticos que ofereçam imagens para acontecer à contextualização dos temas e conteúdos trabalhos em sala de aula.

2.OBJETIVOS

2.1 OBJETIVOS GERAIS


•Oportunizar situações aos educandos surdos que favoreçam a alfabetização como um processo de construção de conhecimento e de cidadania, com o uso da língua de sinais, respeitando as fases de seu desenvolvimento, partindo de suas vivências e da interdisciplinaridade para que aconteça a interação do individuo com o meio.
•Garantir o processo de aquisição da linguagem através da língua de sinais, enquanto meio e fim de uma interação social, cultural, política e cientifica, passando o ensino da língua portuguesa como uma segunda língua no processo de ensino-aprendizagem dos educandos surdos.


2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS


•Usar a Língua de Sinais como forma natural de comunicação em todos os momentos do trabalho, já que esta é a língua da comunidade surda da escola, criando um ambiente lingüístico que favoreça o desenvolvimento global do educando surdo;
•Proporcionar momentos para que instrutores de língua de sinais realizem suas atividades de forma prazerosas para os educando, pois eles são os modelos lingüísticos e transmissores da cultura do seu grupo social;
•Estimular a aproximação das famílias na aprendizagem da língua de sinais;
•Promover vivências que oportunizem a aquisição de conceitos novos e ampliação do vocabulário (visitas, passeios) com diversidade de ambientes e materiais;
•Promover atividades para a compreensão e respeito á cultura de seu grupo e de outros grupos;


2.3 PRINCÍPIOS NORTEADORES


•O uso de diferentes linguagens (simbólica, escrita, plástica, corporal, dramática, literária, informatizada) como forma de comunicação num processo de trocas sociais constantes, através da qual o homem se expressa se exterioriza e conhece a si mesmo e ao outro;
•Valorização e respeito da Língua de Sinais e Cultura Surda;
•O lúdico como elemento indispensável no processo ensino-aprendizagem;
•A interdisciplinaridade como prática pedagógica que possibilite o desenvolvimento global do educando surdo;
•O desenvolvimento de diferentes processos mentais (observar, comparar, classificar, relacionar, seriar, abstrair, criticar, analisar, sintetizar...) na construção do pensamento e na resolução de problemas do cotidiano, considerando as fases do desenvolvimento;
•A construção do conhecimento sistematizado, a partir da superação do conhecimento do senso comum, através das experiências prazerosas que desenvolvam a curiosidade e a ação reflexiva;
•A construção da identidade pessoal, coletiva e da cidadania.

3. Avaliação:

A concepção de avaliação vai além da visão tradicional, que focaliza o controle externo do aluno mediante notas ou conceitos, para ser compreendida como parte integrante e intrínseca ao processo educacional. Ao não se restringir ao julgamento sobre sucessões ou fracassos do aluno, é compreendido como um conjunto de autuações que tem a função de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre a pratica, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Prevê uma avaliação inicial, para o planejamento do professor, e uma avaliação ao final de uma etapa de trabalho.
Outro objetivo é investigar os conhecimentos que o aluno traz para a sala de aula e suas reais necessidades. Dessa forma a avaliação possibilita a identificação de diferentes formas de apropriação dos conhecimentos elaborados pelos alunos. Propicia ao professor uma ação mais imediata e efetiva, como mediador, recuperando os conteúdos de maneira mais significativa e paralelamente aos estudos.
Dentro do processo avaliativo, propiciar a auto-avaliação é permitir aos próprios alunos perceberem suas dificuldades, suas aquisições pessoais, contribuindo para a superação da retomada do processo de ensino aprendizagem. É necessário que a proposta de interpretação ocorra em um número suficiente de vezes, para que o professor detecte se os alunos já elaboraram os conceitos e procedimentos em estudos, se estão em processo de aquisição ou se ainda expressam apenas conhecimento prévios. É importante salientar que todo o processo de ensino-aprendizagem, bem como das conclusões das avaliações, devem ser registrados, para permitir continua reflexão, reformulação e reelaboração dos conceitos apresentados. A avaliação educacional deve ser compreendida como um sistema de informações amplo e dinâmico que fornece diagnóstico e subsídios para a implementação ou para a manutenção de políticas educacionais pertinentes e que pode, ainda, proporcionar o contínuo monitoramento do sistema educacional com o objetivo de detectar os efeitos positivos ou negativos das políticas adotadas. Assim, a avaliação possibilita, para quem operacionaliza políticas educacionais e sociais, o planejamento das ações, desde a implementação e execução até a forma de mensurar o impacto dessas políticas sobre os seus beneficiários.


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