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Flávia Machado

Sunday, August 5, 2012

Série Pesquisadores da área




Flávia Machado

Cidade: Caxias do Sul - RS

Flávia Machado é Mestre em Letras, Cultura e Regionalidade; Especialista em Psicopedagogia - Universidade de Caxias do Sul (2009); Educação Especial: Deficiências Múltiplas - Faculdade Serra Gaúcha (2005), graduada em Pedagogia Magistério em Classes de Excepcionais Deficiência Mental (2000) e Pedagogia de Magistério das Matérias Pedagógicas (1999) - Universidade Católica de Pelotas. Proficiente em uso e ensino (2009) e Tradutor e Intérprete de LIBRAS/Português (2007) - Universidade Federal de Santa Catarina (PROLIBRAS). 


Ocupações atuais: Atuação profissional: assessoria e consultoria de LIBRAS, tradutora e intérprete de Libras/Português, docente nas modalidades a distância e presencial - Áreas: pedagogia, letras e libras. Atualmente encontra-se como coordenadora e docente no Programa de LIBRAS da UCS. Orientadora Educacional do curso de modalidade a distância do Bacharelado Letras/LIBRAS da UFSC. Intérprete de LIBRAS/PORTUGUÊS na Câmara Municipal de Vereadores de Caxias do Sul. Participa de Ongs representativas, como: membro da diretoria executiva da Associação Gaúcha dos Intérpretes da Língua de Sinais (AGILS) e Federação Nacional dos Profissionais Tradutores e Intérpretes e Guias-intérpretes da Língua de Sinais (FEBRAPILS).


Áreas de interesse: Experiência em Educação Especial, Estudos Surdos, Lingüística Cognitiva e
Semântica Cognitiva e Estudos da Tradução [TILS - Libras]


Autora do livro: 
MACHADO, Flávia Medeiros Álvaro. ; PRESTES, G. R. L. . Libras: Língua Brasileira de Sinais. 1. ed. Caxias do Sul: EDUCS, 2007. v. 1. 92 p.


Artigo publicado em revista:


MACHADO, Flávia Medeiros Álvaro. ; FELTES, H. P. M. . COMUNIDADE SURDA E REDES SOCIAIS: PRÁTICAS DE REGIONALIDADE E IDENTIDADES HÍBRIDAS - DEAF COMMUNITY AND SOCIAL NETS: PRACTICES OF REGIONALIZATION AND HYBRID IDENTITIES. Conexão (UCS), v. 09, p. 33-49-49, 2010.  Versão PDF


Artigos publicados em anais de congressos:


 MACHADO, Flávia Medeiros Álvaro. ; JÚNIOR, J. E. . Is Translated an Interpreting?. In: WASLI 2011 Conference : Committed to the development of the profession of sign language interpreting world wide, 2011, Durban - South Africa. The 2011 WASLI Conference Proceedings "Diversity and Community in the Worldwide Sign language Interpreting Profession". Durban : Wasli, 2011. v. 2. Versão PDF

 MACHADO, Flávia Medeiros Álvaro. ; FELTES, H. P. M. . PARTICULARIDADES LEXICAIS, SEMÂNTICAS E PRAGMÁTICAS DE CONCEITOS ABSTRATOS NA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA-LIBRAS-LÍNGUA PORTUGUESA: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE SUJEITOS DO RIO GRANDE DO SUL E SANTA CATARINA. In: 9º Encontro do CELSUL, 2010, Palhoça. Círculo de Estudos Linguísticos do Sul. Palhoça : UNISUL, 2010. v. 21.  Versão PDF

MACHADO, Flávia Medeiros Álvaro. ; FELTES, H. P. M. . CONCEITOS ABSTRATOS NA TRADUÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA-LIBRAS-LÍNGUA PORTUGUESA: CONTRIBUIÇÕES DA LÍNGUÍSTICA COGNITIVA. In: I Seminário Internacional de Língua, Literatura e Processos Culturais: regionalidade e interdisciplinaridade., 2011, Caxias do Sul. Estudos do léxico: interfaces e aplicações. Caxias do Sul : Editora da Universidade de Caxias do Sul, 2011, 2011. v. 1. p. 644-658.  Versão PDF



Endereço para acessar seu currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0017557951639983


Dissertação:
Interpretação e Tradução de Libras/Português dos Conceitos Abstratos CRÍTICO e AUTONOMIA  Versão PDF

Estrangeiros no Brasil levam até 18 meses para aprender Português

Falamos muito do aprendizado da Língua de Sinais, especialmente como segunda língua por pessoas ouvintes e como primeira língua por pessoas surdas. O tema da aquisição da linguagem e do aprendizado de línguas é muito interessante. Mas como será para uma pessoa de outro país, que chega ao Brasil, aprender a  Língua Portuguesa?

Vejamos a seguir a reportagem publicada na Folha no dia 5 de agosto de 2012.




Para aprender português, 'gringo' leva até 18 meses



Cari... Cari...Carinhososo?", pergunta o canadense Sam Dolmaya, 41, à reportagem. "Não consigo pronunciar esse [sic] palavra", resigna-se o gerente de logística de uma multinacional em um sotaque arrastado.

As dificuldades no aprendizado são muitas. Segundo professores de português consultados pela Folha, um estrangeiro de língua espanhola leva ao menos seis meses para começar a se comunicar plenamente em português. Entre os falantes do inglês, o tempo sobe para um ano; entre os de origem oriental, para um ano e meio.

Esse tempo não é garantia de que a comunicação se dê sem tropeços.

Há dois anos no Brasil, desde então tendo aulas de português três vezes por semana, Dolmaya ainda pede ao assistente que traduza os e-mails de trabalho que envia. "Não é só uma questão de passar do inglês para o português, mas de escrever com o jeitinho certo", explica.

O canadense perdeu uma reunião por uma confusão de interpretação. O cliente havia dito: "Te encontro lá no escritório". Ele entendeu que o "lá" se referia ao escritório do interlocutor. O cliente acabou na sala de Dolmaya. E Dolmaya, na do cliente.

Mesmo entre os gringos das classes com níveis mais avançadas, ainda é comum ouvir um "minha amigo" ou "mao" (sem o som nasal marcado pelo til). "O português é muito nasal. Palavras como 'vão', 'mão' ou 'cão' são de pronúncia difícil para o estrangeiro", explica Graça Paiva, coordenadora do curso de português do Cel-Lep.

A dificuldade na pronúncia costuma ser pior para os falantes do espanhol, devido à proximidade das duas línguas. "Nunca sei se estou falando português ou espanhol", brinca o mexicano Marcilio Maclean, 21.

"Além disso, quase tudo no português tem masculino e feminino, plural e singular. E os verbos irregulares, como 'ser' e 'estar' são de uso muito frequente", conta Graça.

"Quando passamos a dar aulas para estrangeiros, percebemos detalhes que não percebíamos na nossa língua", diz a professora de português Maria Teresa Bianco, que dá aula para executivos de grandes empresas. Certa vez, um aluno a questionou: "O que vocês fariam sem o verbo ficar?". "Como falante nativa, jamais tinha percebido o uso exagerado da palavra." No dicionário Houaiss, "ficar" tem 28 acepções.

(MARÍA MARTÍN e TALITA BEDINELLI)

Fonte: Folha de São Paulo, 5 de agosto de 2012
Foto: Jeffrey Coolidge - Getty Images
Leia mais: Brasil de oportunidades faz curso de português 'bombar'


Cursos de Libras são muito mais baratos que cursos de línguas estrangeiras

Friday, August 3, 2012


ESTUDAR LIBRAS É CARO?

Aprender uma segunda língua vai muito além de investir na sua carreira. Além de agregar um valor importantíssimo ao seu perfil profissional, pode ser uma atividade extremamente prazerosa. Além disso, estudos publicados no periódico britânico Trends in Cognitive Sciences apontam que o aprendizado de uma segunda língua estimula o cérebro de tal maneira que o torna mais flexível, protegendo-o contra danos futuros.

Aprender Língua Brasileira de Sinais, portanto, seria uma boa escolha. Além dos benefícios comuns ao aprendizado de qualquer língua, devemos considerar ainda a importância que a Libras tem na quebra de barreiras comunicacionais comuns às pessoas surdas.

Mas você sabe quanto custa aprender Língua de Sinais?

Uma pesquisa divulgada hoje revela que aprender uma língua estrangeira em Recife pode ser em média 150% mais caro que aprender Libras, chegando, em um caso, a um valor 460% mais caro.

A pesquisa, realizada pela Visibilidade Consultoria com as principais escolas de idioma de Recife, consultou as onze escolas de línguas estrangeiras mais conceituadas da Região Metropolitana de Recife, que informaram quanto custam seus cursos de Inglês, Espanhol e Francês. A referência foi um curso regular básico do idioma para um suposto aluno jovem sem nenhum conhecimento prévio. 

Após consultar valor de matrícula, mensalidade e material didático, o valor total cobrado foi somado e depois dividido pela quantidade de horas de duração do curso. Dessa forma, obteve-se um valor único referente ao custo por cada hora de curso estudada.

Uma pessoa que procure em Recife um curso de idioma pagará, em média, R$ 25,68 por hora/aula. 

Entre os nove cursos de Inglês pesquisados, a média paga por hora/aula é de R$ 31,20. Em uma das escolas, o valor cobrado chega a R$ 58,48 por hora de aula. 

Quanto aos cursos de Espanhol, entre os nove cursos consultados, encontramos um valor médio de R$ 22,98 por hora estudada. Uma das escolas chegou a cobrar R$ 36,58 por hora/aula. 

O valor médio dos cursos de Francês foi o mais barato encontrado. Entre os quatro cursos consultados, o valor médio encontrado foi de R$ 21,90 por hora de aula. O curso mais caro cobra por hora uma média de R$ 36,58.

Entre as 11 escolas pesquisadas, apenas uma disse ter experiência com a Língua Brasileira de Sinais, mas informou que no momento o curso não está sendo oferecido. As outras dez escolas nunca ofereceram curso de Libras.

Sendo assim, um curso de Libras como o da Visibilidade, que cobra, em média, R$ 400,00 por módulo de 40 horas/aula, sai por apenas R$ 10,00 por hora estudada, um valor inferior a qualquer um dos cursos consultados.

“Infelizmente, a oferta de cursos de Libras, assim como tudo que tem alguma relação com a inclusão de pessoas com deficiência, é uma ideia com frequência ligada ao voluntariado, filantropia e caridade. As pessoas esperam que um curso de Libras seja de graça, mas para oferecer um bom curso, há um investimento em formação acadêmica, estudos sobre metodologia do ensino, didática, sem contar com a valorização do profissional,” destaca o professor universitário Ernani Ribeiro. Segundo ele, estudar Libras é um investimento baixo com retorno em médio prazo, já que a demanda por profissionais fluentes nessa língua é grande e urgente. “A Língua Brasileira de Sinais é uma língua como qualquer outra. Tem que ser respeitada como tal. Além disso, sua riqueza linguística e cultural é inesgotável. Os alunos sempre se apaixonam pela Libras”, finaliza Ernani.
 




Ariadne Barkokebas,
 para o Blog Libras

Ariadne Barkokebas tem formação superior em Administração de Empresas (UFPE), em Gestão de Pessoas (FBV) e MBA em Gestão Empresarial (Fundação Getúlio Vargas). É consultora organizacional da Visibilidade.


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